O canal americano Showtime anunciou oficialmente que está adaptando a franquia A Crônica do Matador de Rei para uma série de TV. O programa não aproveitará o conteúdo dos livros de Patrick Rothfuss, porém, mas irá se passar no mesmo mundo, algumas décadas antes da história principal, e com protagonistas diferentes.
Nos dois volumes publicados até agora, o herói da trama é Kvothe, prodígio da música, magia e combate com armas brancas, narrando sua vida sem igual a um cronista. Na televisão, entretanto, dois artistas viajantes serão os personagens principais, e sua história acontece uma geração antes dos livros.
O Nome do Vento e O Temor do Sábio estão disponíveis no Brasil pela editora Arqueiro.
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Já li os dois há alguns anos, tendo gostado mais do primeiro. São volumes gigantescos, mas, apesar disso, a trama evolui devagar. Kvothe é apresentado inicialmente como uma espécie de super-herói aposentado, gênio em quase todas áreas que explorou. Começa a narrar sua vida quando criança, pouco antes dos prováveis vilões (acho nunca mais apareceram) estragarem tudo, e passa a explorar minuciosamente tudo que fez a partir daí. Sem entregar demais a trama, depois do primeiro volume inteiro o Kvothe mal sabe mexer com magia.
Se o Rothfuss planeja mesmo encerrar tudo em apenas três livros, vai precisar acelerar absurdamente o ritmo, e começar a pular etapas (ele faz um pouco disso no segundo livro, e ainda assim a história parece cheia de tangentes).
A única coisa que realmente me incomoda são as personagens femininas principais. De cabeça me lembro de duas, o interesse romântico e a mulher misteriosa na universidade de magia. Ambas possuem graves problemas mentais, fazendo coisas absurdas o tempo todo e carregando o Kvothe junto como se fosse um cachorro de estimação. E ele faz suas vontades e estimula suas loucuras cada vez mais. Considerando sua competência sobre-humana em todas as outras áreas, não faz muito sentido.
Mulheres insanas são o ponto fraco do protagonista. O resto ele tira de letra.
Fonte: Slash Film